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segunda-feira, 21 de setembro de 2015

Resenha: 172 Horas na Lua, Johan Harstad

Três adolescentes e um destino: Lua.

O ano em que se passa e estória é 2018, em que a NASA decide voltar com as viagens à lua. Desta vez ela quer incluí três adolescentes, para uma finalidade que a NASA pretende com isso. É realizado um sorteio para todo e qualquer adolescente entre 14 e 17 anos de toda a parte do mundo. Mia, Antonie e Midori são os “sortudos” que ganham essa passagem à lua por 172 horas e com eles mais dois engenheiros e três astronautas que também embarcam nesta aventura que tinha tudo para ser fantástica e divertida, porém nem tudo acontece de acordo com o plano.

A narrativa do autor, não fluiu para mim, achei muito lenta e arrastada, tanto que quase abandonei o livro, porém depois da página 100, que é quando eles finalmente chegam na Lua, muitas coisas estranhas começam a acontecer e então a narrativa ganha um certo ritmo e te aguça curiosidade, que o leitor é instigado a continuar a leitura até o final. O livro é bem ficção científica, de início, mas do meio para o final entra um pouco de thriller, suspense e terror também, pelo menos na minha opinião. A diagramação da editora está muito bonita e cheia de fotos e mapas que te ajudam a imaginar melhor o cenário, um trabalho de arte que enriquece um livro de ficção científica.

Fotos de algumas imagens do livro:



Os personagens principais são os três adolescentes que são completamente diferentes, Antonie é um francês que saiu agora pouco de um relacionamento e achou que essa viagem a lua chegou em boa hora para ele. Um rapaz bonito, tranquilo e de índole bondosa. A Midori é do Japão e quer muito sair de casa, sair do Japão, seu objetivo é Nova York e com essa viagem ela ver a oportunidade de alcançar seu objetivo. Mia é norueguesa, e é aquela adolescente rebelde sem causa, ela nem se interessava por este sorteio até ver que através disto ela pode ficar famosa e divulgar sua banda de rock, confesso que esta personagem foi intragável para mim de início, mas com o tempo a Mia melhora e amadurece o que me conquistou. Um ponto negativo que vi entre estes três adolescentes foi em como eles desprezam seus pais, não gostei do fato de todos três agirem como seus pais fossem retardados e pessoas sem noção, sem o mínimo respeito. Mas ao prosseguir com a leitura, o fato de Mia, Midori e Antonie estarem tão distantes de amigos e principalmente família, vão mudando esse modo de pensar.

O livro toma um rumo na estória que deixa o leitor aflito, em situações inusitadas e muitas vezes desagradáveis dão este aspecto de thriller e terror à trama, o autor insere um mito na trama que não é muito difundido e que deu ao enredo essa característica de terror, não me surpreendeu por já conhecer, porém foi bem diferente e inovador. O livro também fala de manipulação e sobre decisões em que muitas vezes elas podem ser desastrosas. É um bom livro que recomendo para os fãs deste gênero.

Quote:
“É muito simples, Midori, dissera-lhe Kyoko. Existe muito mais que o Japão, sabe. Há um mundo inteiro lá fora. Você pode ir aonde quiser. Só precisa tomar uma decisão.” Pág.: 29

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