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segunda-feira, 16 de novembro de 2015

Resenha: Encontrando-me, Cora Carmack

Kelsey tem um passado que sempre tenta esquecer, porém para se encontrar tem que lembrar do passado que tanto quis esquecer.

Esse é o terceiro livro da trilogia da autora Cora Carmack, cada livro conta a vida de um dos três grandes amigos que tentando superar seus dramas, encontrar um grande amor e o mais importante seguir em frente. Com uma escrita leve e cativante a leitura flui tranquilamente, a autora aos poucos vai apresentando seus protagonistas, sempre deixando um mistério no ar do que o personagem passa ou já passou. Neste terceiro livro a estória de Kelsey é o cerne da trama, sempre tive curiosidade sobre esta personagem que sempre mostrou estar tudo bem, mas que na realidade estava ruindo aos poucos. Depois da faculdade, Kelsey não sabe mais o que fazer e sua angústia era tamanha que ela fez a única coisa que aprendeu ao longo desses anos: fugir. Como sua família tem muito dinheiro, e acha que pode comprar tudo e todos, ela foi fazer uma viagem pelo mundo começando na Europa. Sem se importar no preço, já que seu pai pagava tudo, sua vida era de cidade em cidade, de país em país regada à muitas festas, álcool e sexo. Mas chega uma hora que cansa e Kelsey já não se reconhece mais, aí aparece o misterioso e irritante Hunt, que mexe com nossa protagonista, porém com ares de mistério e arrogância acaba irritando-a ainda mais. Será Hunt sua tábua de salvação? Ela realmente vai se encontrar? Ou se perder ainda mais?

Aos poucos a autora vai apresentando seus personagens, de início não gostei da Kelsey, não conseguia ter nem pena dela, muito autodestrutiva, mas consegui torcer para que tudo desse certo para ela. Hunt foi um personagem bem difícil, mas todo seu mistério me intrigou e cativou para saber mais sobre ele a cada página. A família da Kelsey é totalmente desestruturada e acha que tudo se resolve “varrendo a sujeira para debaixo do tapete”, quando na verdade só piorava, principalmente para Kelsey que cresceu sabendo e acreditando que no fim nada importa. Não posso revelar muito sobre Hunt, como falei ele é um personagem bem misterioso e que a autora só o mostra nos últimos capítulos. Posso dizer que ele tinha motivos para eu odiá-lo em certos capítulos e depois passei a entendê-lo, e ele se tornou um personagem bem crível que comete erros e atitudes bem característicos de pessoas que passaram pelo que ele passou.

A trama é bem construída e a autora resolve os dilemas e conflitos dos protagonistas. Porém senti falta de um arremate melhor para o casal, não que a autora deixou claro o que aconteceu com eles, mas achei muito rápido a conclusão, poderia durar mais páginas. Um livro de romance onde o drama pesa mais, com famílias disfuncionais e problemas bem reais, isso tudo numa road trip com descrições de lugares incríveis e passeios encantadores. Personagens cativantes e algumas cenas bem sensuais, com uma linda estória de amor e superação.

Quote:
“... entramos e eu vi a frase de Jack kerouac na parede, soube que era o lugar perfeito.
Li em voz alta: ‘As únicas pessoas para mim são as doidas, aquelas loucas para viver, para serem salvas, desejando tudo ao mesmo tempo, aquelas que nunca se enfadam nem dizem lugares-comuns, e sim que queimam, queimam, queimam como fabulosos fogos de artifício amarelos romanos explodindo como aranhas nas estrelas’.” Pág.: 132

segunda-feira, 18 de maio de 2015

Resenha: Fingindo, Cora Carmack

Cade não estava nos seus melhores dias, sem emprego, sem a mulher que amava, sem perspectivas. Num café da manhã que poderia ser o inferno ele a avistou!! Com seus cabelos coloridos e tatuagens ele não conseguia tirar os olhos de seus movimentos.

Esse é o segundo livro da série da Cora Carmack, e não necessariamente  você tem que ler “Perdendo-me” para poder ler Fingindo, porém você fica sabendo o final do primeiro livro. Nesse livro temos a estória de Cade o melhor amigo da Bliss, ele irá conhecer a Max uma moça muito bonita de uma beleza bem exótica e que esta meio perdida em confusões e mentiras que ela mesmo criou. Será Cade resgatá-la deste mar de sofrimento? Ou Max é quem irá tirá-lo desta maré de solidão?

Max esconde muitos segredos, principalmente de sua família, ela fingi ser a menina de ouro que seus pais sempre sonharam que ela seria. Uma tragédia marca uma fase de sua vida para sempre, e sem saber lidar com essa estória ela acaba se atrapalhando e perdendo-se em meio a tudo isso. É aí que entra Cade Winston, um bom garoto que também tem sua vida marcada de perdas dolorosas, cicatrizes que nunca cicatrizaram e seu escape para a dor foi o não se importar. Então por um pequeno empurrão do acaso a menina furiosa se envolve com o menino de ouro.
A relação do casal de protagonistas é meio tensa por várias razões, mas a principal é que os dois estão sempre fingindo, e em se ajudando estão tentando viver a vida da melhor forma possível. Com bom humor a narrativa é conduzida com maestria, situações bem divertidas tiram algumas risadas durante a leitura. Embora os protagonistas serem bem distintos um do outro, eles tem química e são muito fofos juntos, principalmente Cade com sua gentileza e ternura. Max, com toda sua sutileza de um elefante, ela tem seus momentos de doçura.
Apesar de algumas partes cômicas, acredito que o livro tem mais dramas, traumas que aconteceram com os personagens que te faz refletir sobre como agiria numa situação dessas. Mas a mensagem é clara, a verdade é sempre a melhor opção, por mais dura e triste que seja.

A autora traz também cenas bem sensuais e sexys, porém seu foco maior sempre foi amadurecer seus personagens, sendo quem realmente é, e lutando pra fazer o que gosta e ser feliz. Um romance jovem que prende o leitor até o final do livro.

Quote:
“Pela primeira vez em muito tempo, talvez desde Alex, eu não e sentia tão sozinha.” Pág.: 137