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quarta-feira, 24 de janeiro de 2018

Resenha: Antes da Tempestade, Dinah Jefferies

Sinopse: "Para conhecer o amor verdadeiro é preciso ser arrasado por ele.” Rajputana, Índia, 1930. Desde a morte de seu marido, a jovem inglesa Eliza tem como única companhia sua câmera. Determinada a se firmar como fotógrafa profissional, ela acaba de aceitar um convite do governo britânico para se hospedar durante um ano no castelo da família real local. Sua missão: fotografar, para o acervo da Coroa inglesa, a vida no Estado principesco de Juraipore. Ao conhecer Jayant, irmão mais novo do marajá, Eliza embarca na aventura mais transformadora de sua vida. Acompanhada pelo príncipe rebelde e misterioso, ela conhecerá uma terra marcada por contrastes — com paisagens de beleza incomparável, cultura rica e vibrante e, ao mesmo tempo, a mais devastadora das misérias. Enquanto Eliza desperta Jayant para a pobreza que circunda o castelo, ele mostra a ela as injustiças do domínio britânico na Índia. Juntos, descobrem uma afinidade de alma e uma paixão arrebatadora. Mas a família real fará de tudo — até o impensável — para impedir a aproximação entre o nobre indiano e a viúva inglesa. Fonte: Skoob

É o segundo livro da autora que leio, e nada mudou na sua escrita, de início é um ritmo lento, mas depois a trama te envolve. É claro que a autora faz um trabalho de pesquisa até histórico para dar veracidade a sua estória. Neste livro(como no anterior) ela explora a Índia da década de 30 e a colonização da Inglaterra sobre a ela. Neste contexto ela traz uma personagem que quer ser independente e viver do seu trabalho, Eliza, que viúva tenta viver de sua fotografia.
As descrições das paisagens e sobre as fotos da protagonista são bem lindas e faz o leitor imaginar cada detalhe e nuance, diria que até sensorial.

Eliza é uma personagem que deveria ser interessante, porém seu desenvolver (ou não desenvolver) é um pouco decepcionante. Com muitos problemas, traumas familiares e amorosos, eu esperava mais do amadurecimento desta. Porém não vemos o crescimento da protagonista, tornando-a mimada e muito rancorosa, é certo que algumas decisões dela tinha que ser do jeito que foi, mas muitas outras deixaram a desejar visto que é uma mulher com seus quase 30 anos. Eliza nunca conseguiu superar a perda do pai, e fica inconformada e irredutível quando algumas verdades sobre seu “Pai Perfeito” vem a tona. Outra decepção foi o não desenvolver e trabalhar da relação de Eliza com sua mãe.
O Príncipe indiano, Jay, tem seus méritos, personagem envolvente, misterioso e encanta o leitor com sua visão real e sobrenatural da sua Índia. O relacionamento dele com Eliza é bom de acompanhar e seu romance bem crível, porque eles tem química e destinos interligados.
A mãe do marajá é uma personagem feminina muito interessante que tem seu destaque na trama, assim como Indira, personagem independente e muito dona de si, num país que queimam viúvas e que já se é uma desgraça em nascer mulher.
Ana Fraser, mãe de Eliza, é uma personagem bem complexa e que sofre com injustiças do passado e falta de opção, acredito que seu relacionamento com sua filha deveria ser melhor explorado.

Alguns costumes e tradições da Índia daquela época causam revolta e reflexões, em que autora soube colocá-las muito bem durante a estória. Temos também muita politicagem e conspirações, principalmente da dominação Inglesa sobre os indianos que em alguns capítulos tira o folego na leitura.
O livro não consegue ter uma boa finalização, com uma solução mágica de última hora, algumas questões em aberto e personagens mal explorados. A autora usa a mesma fórmula do livro anterior e isso fica repetitivo demais.
Eu recomendo a leitura se você gostar muito de romance romântico e quer conhecer mais sobre a Índia, mas está de longe ser um favorito. Apesar da escrita da autora ser muito boa.

Quote:
Estrangeira numa terra estranha, esperava que a viagem pudesse ajudá-la a encontrar um rumo, mas só estava se afundando cada vez mais.” Pág.: 101

quinta-feira, 16 de novembro de 2017

Resenha: A Rosa da Meia-Noite, Lucinda Riley


Sinopse: Atravessando quatro gerações, A Rosa da Meia-Noite percorre desde os reluzentes palácios dos marajás da Índia até as imponentes mansões da Inglaterra, seguindo a trajetória extraordinária de Anahita Chavan, de 1911 até os dias de hoje.

Uma paixão para a vida toda. Uma procura sem fim.

No apogeu do Império Britânico, a pequena Anahita, de 11 anos, de origem nobre e família humilde, aproxima-se da geniosa Princesa Indira, com quem estabelece um laço de afeto que nunca mais se romperia. Anahita acompanha sua amiga em uma viagem à Inglaterra pouco tempo antes da eclosão da Primeira Guerra Mundial. Ela conhece, então, o jovem Donald Astbury, herdeiro de uma deslumbrante propriedade, e sua ardilosa mãe.
Oitenta anos depois, Rebecca Bradley é uma jovem atriz norte-americana que tem o mundo a seus pés. Quando a turbulenta relação com seu namorado, igualmente rico e famoso, toma um rumo inesperado, ela fica feliz por saber que o seu próximo papel uma aristocrata dos anos 1920 irá levá-la para muito longe dos holofotes: a isolada região de Dartmoor, na Inglaterra. As filmagens começam rapidamente, e a locação é a agora decadente Astbury Hall.
Descendente de Anahita, Ari Malik chega ao País sem aviso prévio, a fim de mergulhar na história do passado de sua família. Algo que ele descobre junto com Rebecca começa a trazer à tona segredos obscuros que assombram a dinastia Astbury. Fonte Skoob


A autora Lucinda Riley é famosa pelos seus romances/dramas, e foi meu primeiro contato com sua escrita. De início achei um pouco entendiante, porém a medida que a estória evolui os personagens nos cativa, a estória toma outros rumos e isso deixa o livro muito instigante e a leitura fica mais prazerosa.
O livro se alterna em 1920 e nos anos 2000, tudo começa com a personagem central: Anahita, que é indiana e teve sua vida bem mudada quando foi morar na Inglaterra. Quando o livro alterna para os dias de hoje, a estória é voltada para seu neto Ari, e também nos apresenta Rebecca que é uma atriz de sucesso, mas esta meio perdida emocionalmente. Devido a um acontecimento, Ari se ver aprofundado na estória de vida de sua avó, ele embarca para a Inglaterra para descobrir sobre sua família e no caminho ele encontra Rebecca que resolve ajudá-lo.

Quando o livro é narrado pela Anahita, a autora expõe as dificuldades de uma mulher indiana que sofre muito preconceito, por sua cor, crença e falta de dinheiro. E seu terrível martírio é confirmado quando ela se apaixona por um aristocrata inglês. O romance dos dois é lindo e tem alguns desencontros trazendo sofrimento para ambas as partes. Com uma mãe muito preconceituosa e má, o jovem se ver pressionado a terminar seu relacionamento com a nossa heroína.
Anahita é a melhor personagem, que embora tanta tristeza e dificuldades que aparecem em sua vida, ela sempre volta a ter um pouco de esperança nas pessoas. O mais importante está no cerne desta protagonista que é a sua bondade para com o próximo, não importando quem seja. Dona de um espírito lindo, doador e livre, Anahita tenta lidar com o preconceito da melhor maneira possível.
Rosa Dama da noite
Com uma narrativa impecável, a autora nos convida a viajar no tempo nos mostrando uma Índia e Inglaterra antigas. Ao que parece a autora estudou sobre cultura e religião da Índia na década de 20, o que enriqueceu mais sua estória e deu credibilidade para seus personagens indianos. É nítido o conhecimento da mesma em algumas passagens em que a autora descreve da Índia sob o domínio britânico. O desenrolar desta estória cativa o leitor pela sensibilidade na escrita e a emocionante narrativa de seus personagens, uma leitura recheada de emoções. O crescimento dos personagens são bem conduzidos, com alguns desfecho nada previsíveis. Com um ritmo frenético do meio para o final, descobrimos vários mistérios que torna toda a trama mais interessante e que conseguimos assimilar melhor as motivações dos personagens. Houve um capítulo que quase perdi o fôlego durante a leitura. No livro também encontramos misticismo e crenças Hindu, própria de sua época e seguidor. A sinopse e resenhas deste livro só consegue atingi a superfície das emoções, tramas e subtramas que estão na estória deste livro.

Ao ler este livro prepare-se para fortes emoções, Lucinda Riley sabe conduzir como ninguém este romance que apesar do drama, pude chorar com o amor e esperança desta estória.

Quote:
Aquele momento, sem o véu da nobreza indiana sobre meus ombros, foi a primeira vez em que provei o preconceito racial na Grã-Bretanha, o país que nos regia há mais de cento e cinquenta anos. Infelizmente, não seria o único.” Pág.: 199