Com um pouco menos de 500 páginas
Emily Giffin trata da vida de duas pessoas, Marian e Kirby. Apesar delas terem
18 anos de diferença, o livro trata da vida de ambas tanto no presente, como
quando elas tinham a mesma idade (dezoito).
Duas adolescentes de dezoito
anos.
Uma em busca de prazer
adolescente de verão enquanto não começam as aulas da universidade que foi
aprovada. Marian tem um novo amor de verão, quer mesmo é viver novas
experiências, descobrir o sexo e só depois o prazer. Ela embarca e cabeça em um
relacionamento adolescente contado não por dias, mas por noites em que
estiveram juntos. Ela sente que existe um laço intenso entre duas pessoas que
poderiam ter se relacionado no colégio, mas que só se permitiram se conhecer no
verão antes de irem para a universidade. Talvez um ritual de passagem da
adolescência para a vida adulta, talvez pura inconseqüência. Mas eles
aproveitaram cada dia daquele verão, sem se preocupar no que iriam fazer
depois. Iriam se separar, mas se recusavam a pensar nisso.
A outra só quer conhecer sua mãe,
que a deu para adoção logo após seu nascimento. Enquanto todas as suas amigas
estão mais preocupadas com garotos e na universidade que vão se candidatar,
Kirby só quer saber a quem puxou as orelhas de dumbo. A cada dia que passa ela
se sente cada vez menos integrada à sua família adotiva. Eles a amam, isso é
claro, mas é tão óbvio que ela não tem nada de semelhante com eles! Como seria
sua mãe? Será que ela também não queria fazer faculdade quando tinha sua idade?
Será que ela tocava bateria como ela toca? Kirby precisava decidir que
Universidade iria se candidatar e assim tomar um rumo na vida, mas o que ela
estava preocupada mesmo era em entender e conhecer suas raízes genéticas.
Emily Giffin a cada capítulo
desse livro apresenta a história dessas duas personagens, tanto no presente
quanto no passado. E a cada página você começa a ver a vida das duas se ligando
de alguma forma, apesar de tantas diferenças. Você vai entender o peso das
nossas ações e as conseqüências da omissão, do jogar para baixo do tapete um
elefante branco que insiste em ficar no meio da sua família. Laços Inseparáveis
mostra o quanto a genética pode nos ligar com outra pessoa, bem como ela não
nos condena a cometer os mesmos erros, ou pensar da mesma forma. Este livro
também me ajudou a entender que nem sempre encontrar o que procurávamos resolve
ou preenche o vazio que sentimos. Na maioria das vezes somos nós mesmos os
únicos responsáveis por resolver nossos traumas e carências. E o melhor de tudo, o perdão sempre
é possível. Não importa quanto tempo tenha passado, sempre haverá espaço para o
perdão e a reconciliação.
QUOTES
"Não é carne de minha carne,
nem sangue de meu sangue, mas assim mesmo, de um jeito milagroso, ainda é parte
de mim. Nunca esqueça, nem por um minuto, que você não cresceu embaixo do meu
coração, mas dentro dele."
"Todas as vezes que eu segui
meu coração, eu não me arrependi."
"Não tomar uma decisão é uma
decisão."
"Sinto uma onda de saudade, mas
não daquele tipo que deixa você triste. Do tipo que faz você lembrar de quem
você é e de onde vem."
"O bom partido da sua vida não
é a mesma coisa que o amor da sua vida. Seja cuidadosa com esta distinção
sutil, mas bem significativa."
"Eu quero desesperadamente me
sentir daquele jeito novamente. Estar em um relacionamento em que eu não esteja
tentando construir um roteiro ou consertá-lo. É sobre querer alguma coisa
verdadeira - mesmo que seja confuso e
complicado."
"(...) Tenho uma sensação
engraçada por dentro e, então percebo o que é. É a sensação de saber onde mora
meu coração."
"Tem tantas coisas que eu quero
dizer, mas minha mente fica vazia e a única coisa que eu consigo fazer é
sentir."
"Sinto falta dele por um
momento - e então percebo que não é dele que tenho saudade, mas do sonho que
nós dois compartilhamos uma vez."
Aldrêycka Albuquerque
Sou suspeita porque amo a Emily. Adorei o livro e acho que ele traz questionamentos bem interessantes.
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