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segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Resenha: O Reino


"O Reino" é o segundo livro do Clive Cussler - esse em parceria com o veterano da marinha de guerra Grant Blackwood - lançado pela editora Novo Conceito no Brasil. Dessa vez, ao invés de uma trama de espionagem encabeçada pelo infalível Isaac Bell, o protagonismo do filme é levado pelo casal Sam e Remi Fargo.

Essa não é, entretanto, a primeira aventura deles pelas mãos de Cussler que já tinha escrito "Spartan Gold" e "Lost Empire" em 2009 e 2010, respectivamente. Como é o segundo livro publicado pela Novo Conceito, fica inevitável a comparação junto ao primeiro romance. A começar pela capa que apresenta a mesma identidade visual de "O Espião", um trabalho bem feito e bonito de ser admirado. As semelhanças entretanto acabam por aí.

Diferente de "O Espião", a aventura do casal Fargo se passa em tempos modernos em uma aventura internacional em busca de um artefato antigo há muito esquecido. Contratados por Charles King, um texano ridiculamente rico, o casal inicia a busca por um antigo amigo que desapareceu quando participando de uma exploração encomendada pelo próprio King. Rapidamente o casal descobre que tudo não passava de um jogo em que eles eram objetos numa busca por um artefato que os leva por países como Nepal, Bulgária, Índia e China.

Uma trama gigante como essa seria um problema para os heróis mais modestos mas, assim como Isaac Bell, o casal Fargo tem a o melhor dos poderes - o poder aquisitivo - e isso associado à sagacidade do casal e a inteligência e habilidade da consultora profissional, Selma, acaba removendo qualquer tipo de obstáculo por parte deles.

Não bastasse toda essa ajuda, o casal Fargo ainda apresenta uma combinação propícia para qualquer tipo de aventura: ele engenheiro, ela antropóloga. Essa dupla consegue resolver qualquer problema, seja ele físico ou mental usando as qualidades de um ou de outro. Talvez entretanto o mais interessante seja o fato de que, independentemente da situação em que se encontram, Sam e Remi sempre arranjam um tempo para uma linha cliché de elogio ou uma carícia de casal que vive há anos juntos e teve seu amor, assim como suas habilidades, aguçadas.

Enfim, para quem procura um romance de aventura em que tudo da certo sem criar grandes pontos de emoção, "O Reino" pode ser uma boa pedida. Para aqueles que procuram por uma trama mais desafiadora, consistente e adulta recomendo esperar pela próxima aventura dos Fargo.

                                                                                                Escrito por André Muniz

*Resenha escrita pelo André Muniz, parceiro do blog, siga-o no twitter: @andremuniz

3 comentários:

  1. Tive certo interesse por esse livro devido a capa, ela me lembra alguma coisa no estilo Steampunk, mas infelizmente a história não me causou interesse.

    http://labirintoimaginario.blogspot.com.br/

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  2. Adorei a resenha, André! Confesso que o livro não me chama muita atenção, mas vou pensar direitinho se vou lê-lo.
    Abraços.

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