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domingo, 10 de dezembro de 2017

Resenha: O Beijo Traiçoeiro, Erin Beaty


Sinopse:
Com sua língua afiada e seu temperamento rebelde, Sage Fowler está longe de ser considerada uma dama — e não dá a mínima para isso. Depois de ser julgada inapta para o casamento, Sage acaba se tornando aprendiz de casamenteira e logo recebe uma tarefa importante: acompanhar a comitiva de jovens damas da nobreza a caminho do Concordium, um evento na capital do reino, onde uniões entre grandes famílias são firmadas. Para formar bons pares, Sage anota em um livro tudo o que consegue descobrir sobre as garotas e seus pretendentes — inclusive os oficiais de alta patente encarregados de proteger o grupo durante essa longa jornada. Conforme a escolta militar percebe uma conspiração se formando, Sage é recrutada por um belo soldado para conseguir informações. Quanto mais descobre em sua espionagem, mais ela se envolve numa teia de disfarces, intrigas e identidades secretas. E, com o destino do reino em jogo, a última coisa que esperava era viver um romance de tirar o fôlego. Fonte: Skoob


Neste romance da autora ela nos apresenta uma narrativa acessível, porém cheia de tramas e pistas para que o leitor vá seguindo-as e desvendando aos poucos. Mesmo sendo um gênero em que já estou acostumada e ser previsível, a autora surpreende com personagens e estória em pouco diferente da previsibilidade deste gênero.
Ao ler fique atento a cada detalhe e estranheza que a autora insere, pois irá ser importante ao avançar na leitura, o que deixa o livro muito mais instigante.

Com personagens bem construídos e cativantes, a autora cria protagonistas que conquistam o leitor a cada capítulo.
A começar por Sage Fowler, a heróina da estória que está longe de ser uma moça que segue os padrões da sociedade da época, de como uma mulher deve se comportar. Seus pais também não seguiam tais padrões, se casando por amor e educando a filha nos mais diversos assuntos: caça, ciências e principalmente leitura. Sage é a personagem mais inteligente desse livro, embora seus comportamentos criem inimigos, ela é elogiada por outros que dão seu devido valor. Sendo uma moça de vanguarda, ela não quer casar, alegando que nenhum pretendente a aguentaria, ou não estaria a sua altura? A maioria dos homens, principalmente daquela época, tem receio em se relacionar com mulheres inteligentes. E você pode falar “Ah! Mas naquele tempo não existia mulheres assim, porém Sage não é de toda selvagem e indomável, ela muitas vezes cede e se comporta como “deveria”, porque ela tem consciência de sua condição feminina do século 19, mas isso não a impede de tentar mudar e fazer o melhor, sendo útil da melhor forma possível, mesmo que vá contra o comportamento aceitável para seu sexo.

Na narrativa nos deparamos com homens bem machistas e retrógrados, que condiz com a época. Apesar que podemos notar a tentativa de alguns tentando mudar, como o tio da Sage que mesmo um homem que se importa muito com o que as pessoas pensam dele e sua família, ele cede muitas coisas por amor a Sage. E claro, não deixando o par protagonista de fora, que realmente a trata com uma parceira, uma aliada e não um objeto de adorno ou um contrato.

A trama foi bem desenvolvida e de tirar fôlego nas cenas de ação (dignas de Hollywood). Conduzindo muito bem seu enredo, com cenas envolventes e muito empolgantes, relacionamentos bem construídos, a autora me conquistou com este livro. Porém o livro deixa a desejar um pouco no final, deveria ter trabalhado melhor no seu desfecho, acrescentado um epílogo. Afinal temos intrigas da coroa, guerra, batalhas e um casal de protagonistas que dão o que falar.
No entanto, indico fortemente a leitura, livro que vale muito a pena por seus personagens e trama bem construídos.

Quote:
- Por que nunca se casou, Darnessa?
    - Pelo mesmo motivo que você – Darnessa respondeu com uma piscadinha marota. - Meus padrões são elevados demais.” Pág.: 62

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