Rafael de Souza é natural de Mococa-SP, tendo participado, durante pouco mais de três anos, do CBT – Curso Básico de Teatro, oferecido gratuitamente pela cidade e ministrado pelo excelente diretor Marco Antonio Coelho de Moraes, vulgo Maestro. Escreve desde os quatorze anos quando pegou gosto por literatura internacional. Desde essa época não parou mais, no que resultou a criação desta pequena saga em quatro volumes. Gravou curtas-metragens, foi incumbido de escrever um roteiro, o qual finalizou, sobre a vida adolescente. Participou de eventos teatrais para crianças, apresentações beneficentes, tendo também ingressado em concursos na região, como, por exemplo, Mapa Cultural e Festival do SESI em Sorocaba-SP. Foi apontado com a melhor redação da turma, em 2006, durante o término do ensino fundamental, levando, portanto, a premiação do EPTV na escola. Com apenas vinte anos, começa a carreira de escritor, com a qual pretende seguir trazendo ao país suas histórias de fantasia, incluindo um projeto de obra crítica sobre o mundo contemporâneo.
Entrevista com o autor
1.Rafael
explique um pouco como foi a criação da estória: Manfelos
Resposta: Durante o ensino fundamental
fiz uma redação para a escola que acabou resultando numa vontade desenfreada de
escrever. Eu queria apenas dar uma continuação para aquela historinha comum e,
de repente, encontrei-me criando um enredo que mais tarde se tornaria a série
Manfelos. Fui uma criança muito mergulhada em games e Harry Potter. Acredito
que esta união entre mundos imaginários e a escrita de J.K. Rowling tenha me
levado a querer dar corpo ao meu próprio universo de fantasia. A princípio, eu
desejava escrever livros para me inserir cada vez mais na área artística, pois
fazia teatro e adorava contar e ler histórias. Então, a partir de 2010, não
parei mais de trabalhar como escritor, dando vida às ideias que fizeram surgir
os 4 volumes da saga Septem Signum.
2.Na obra é
abordado a batalha Céu X Inferno. Há confrontos religiosos no livro com base
bíblica?
Resposta: Por mais que a série traga o
tema “Apocalipse”, com foco nas batalhas entre céu e inferno, não há nada
bíblico nos livros. Nada mesmo. Criei meu próprio fim do mundo, pois minha
intenção era levar ao leitor um mundo de fantasia com o qual pudesse se
divertir sem a intervenção da religião.
3.De acordo
com a sinopse você não se fixa a um só tema, podemos esperar um pouco de
distopia nesta estória?
Resposta: Sim. Durante os 4 volumes
Manfelos os personagens estarão sujeitos a uma vida de perigos, privação,
opressão e terror. É claro que é só uma
história para jovens e adultos. E com relação ao tema, cada livro possui seu
próprio universo. O primeiro, por exemplo, traz à tona um mundo de fantasia com
castelos, florestas e reis. Já o segundo, por sua vez, leva o leitor até o
Egito, dando a ele muitos conhecimentos egípcios. O terceiro, por fim, abre as
portas do medievalismo, dando início, de fato, ao apocalipse. Esta série é
bastante eclética e rica quando se trata de desenvolver temas.
4.Seu
personagem principal é Fred Gordon de 18 anos. Por que escolheu um personagem
masculino e com esta idade? Tem alguns traços de sua personalidade nele?
Resposta: Porque, ao dar início ao
livro 1, queria basear um pouco do protagonista em minhas próprias
experiências. Como na época eu tinha 18 anos, Fred também ganhou a mesma idade.
No entanto, a partir do livro 2, ele segue a história com 25 anos até que ela
se encerre. Sim, há alguns traços de minha personalidade em Fred.
5.Foi
difícil a criação dos personagens? Qual te deu mais trabalho?
Resposta: Durante a criação de uma saga
os personagens evoluem. Por causa disso, estão sempre em fase de
desenvolvimento. Embora eu já possua a história de vida – passado, presente e
futuro – de cada um, acaba havendo mudanças no meio do caminho. Acredito que
todos os personagens têm suas complicações para serem criados, mesmo sendo
protagonista ou apenas obtendo um “papel” menor. Todos eles me deram trabalho,
quase nenhum se sobressaiu.
6.Como é a
relação de Fred com seu pai? Família é um tema difícil abordagem em um livro?
Resposta: Família é uma instituição
muito forte na série. A princípio, o volume 1 não traz muitas abordagens em
cima disso, pois meu objetivo era começar a história sem muitas ramificações.
Mas, ao longo dos volumes 2 e 3, todos os personagens compartilham suas
experiências em relação as suas famílias. Gostei bastante do que cada um tem a
dizer, pois são muito diferentes entre si. No final da série, os leitores
certamente se identificarão com algum dos personagens, pois eles têm muito a
dizer! E quanto a relação entre Fred e seu pai, é ótima. Fred o idolatra, mesmo
depois de muitos anos após a morte de Matheus. O rapaz teve sorte, pois foi
criado por pais excelentes.
7.A capa do
livro tem um toque bem sombrio, elegante(eu amei, ficou linda). Como foi a
escolha desta capa para seu livro?
Resposta: A arte de capa foi criada
pelo designer André Siqueira, meu capista. Nosso trabalho foi reunir ideias,
discutir cores e elementos que pudessem trazer a essência do livro. A ideia de
uma floresta noturna com um personagem de rosto oculto foi minha, enquanto que
os pássaros, a cidade e a roupa vieram das sugestões de André. Manfelos é uma
metrópole fantasma e grande parte do livro também se passa entre as árvores de
um bosque, portanto, achei que fizemos um ótimo trabalho.
8.Como foi
publicar seu livro com a Editora Dracaena?
Resposta: Foi surpreendente! Enviei o
original de Manfelos e no mesmo dia obtive retorno. O editor-chefe Léo Kades
telefonou para me dizer que havia gostado muito do que tinha visto, ao passar
os olhos pelas páginas do manuscrito. Pediu um prazo de 7 dias para avaliar
todo o material e uma semana depois estávamos nós assinando o contrato de
publicação. Amo trabalhar com a Dracaena. São gentis, eficientes, apaixonados
pelo o que fazem e, acima de tudo, são excelentes profissionais. Outro fator
que colabora para o meu orgulho em fazer parte do catálogo é que os autores de
lá são extremamente unidos e afáveis. Fiz grandes amizades até agora e minha
lista só aumenta. Meu coração mora lá!
9.Que
autores tiveram influência na sua escrita? E por quê?
Resposta: J.K. Rowling, autora da série
Harry Potter, e Jostein Gaarder, autor de várias publicações dentre as quais
duas são minhas paixões: “O mundo de Sofia” e “O dia do curinga” que abordam
temas filosóficos. A escrita destas duas personalidades literárias me
influenciou muito e, é claro, continuam influenciando.
10.Aos
leitores do blog, Rafael deixa seu recado:
Resposta: Primeiro, gostaria de
agradecer ao Palavras Prolíferas pela oportunidade. É sempre um prazer
contribuir com entrevistas. Obrigado! Aos leitores, quero deixar uma dica para
os que são novos autores e criar um adendo. A valiosíssima dica
que eu deixo é: “Caros autores(as), não tenham pressa para publicar. É muito
importante ser aceito numa boa editora, que distribua bem o seu trabalho e te
valorize enquanto profissional. Sabemos que a emoção da publicação é grande e
ficamos loucos para que tudo aconteça logo, mas cuidado! A paciência e a
pesquisa são suas melhores armas. Use-as!”. Adendo: de um tempo para cá, notei
que os leitores brasileiros estão dando oportunidades para as obras nacionais.
Então, pessoal, parabéns e continuem! Vamos observar o catálogo de autores que
temos por aqui e ajudar a levar seus títulos para o mérito de Best-seller. E se
você gosta de escrever, não deixe que o medo e a falácia dos outros o detenha.
Grande abraço!
Obra: Manfelos - A Distorção da Realidade
Sinopse - Manfelos - A distorção da realidade - Rafael de SouzaEsta obra visa dar início às aventuras traumáticas de um garoto chamado Fred Gordon, nativo do Canadá. A Saga Septem Signum, do latim “Sete Selos” ou “Sinal dos Sete”, retrata uma incrível jornada contra a vinda do famoso, e agora moderno, apocalipse. O livro se remete ao preâmbulo da caminhada de Fred, junto dos guerreiros Spellver e Sr. Johnson, e das inesquecíveis gêmeas donzelas Blunnie e Judy. A história, na sua fase inicial, tem por objetivo levar o leitor a um mundo mágico, repleto de seres poderosos e até então adormecidos apenas na fantasia de um mero mortal. Aqui entrará em contato com batalhas sangrentas, a ilustre presença de um demônio encolerizado e seu exército altivo e intimidante. A primeira fase de Manfelos também conta, e mostra, a terrível babel em que cada uma das vidas acaba sendo acometida. Os planos mais sombrios ficarão ocultos para outro momento da trama, dando espaço às maiores emoções da série. Esmallerz, o antagonista, recebe a missão de escapar do inferno e chegar ao mundo dos humanos, procurando acabar com qualquer um que interfira em seus planos. No entanto, o revés que dará obstáculos a isso estará confinado no interior de uma sala encantada, possuindo o desfecho da tão corrida busca por respostas. Fred está fadado a explorar seu passado e descobrir como tudo começou, arrumando forças para deter seu pior inimigo. Será alvo do simplório amor adolescente, deixando Blunnie o levar para além do que jamais experimentou. Sofrerá perdas e ganhará experiência para a continuidade assombrosa da saga.
Fonte: Skoob
Quer adquirir, acesse o site da Editora Dracaena AQUI
Admiro muito o trabalho deste autor, quero muito ter
ResponderExcluira oportunidade de ler sua obra..
Adorei a entrevista ^^
bjs
http://www.dailyofbooks.blogspot.com.br/
Obrigado, Camila! *--*
ExcluirMuito obrigado pela entrevista, Palavras Prolíferas. É sempre uma honra. Divulgarei!
ResponderExcluirGrande beijo,
Rafael de Souza