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quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Perfil do Autor # 9 - Rafael de Souza

Rafael de Souza
Rafael de Souza é natural de Mococa-SP, tendo participado, durante pouco mais de três anos, do CBT – Curso Básico de Teatro, oferecido gratuitamente pela cidade e ministrado pelo excelente diretor Marco Antonio Coelho de Moraes, vulgo Maestro. Escreve desde os quatorze anos quando pegou gosto por literatura internacional. Desde essa época não parou mais, no que resultou a criação desta pequena saga em quatro volumes. Gravou curtas-metragens, foi incumbido de escrever um roteiro, o qual finalizou, sobre a vida adolescente. Participou de eventos teatrais para crianças, apresentações beneficentes, tendo também ingressado em concursos na região, como, por exemplo, Mapa Cultural e Festival do SESI em Sorocaba-SP. Foi apontado com a melhor redação da turma, em 2006, durante o término do ensino fundamental, levando, portanto, a premiação do EPTV na escola. Com apenas vinte anos, começa a carreira de escritor, com a qual pretende seguir trazendo ao país suas histórias de fantasia, incluindo um projeto de obra crítica sobre o mundo contemporâneo.


 Entrevista com o autor


1.Rafael explique um pouco como foi a criação da estória: Manfelos
Resposta: Durante o ensino fundamental fiz uma redação para a escola que acabou resultando numa vontade desenfreada de escrever. Eu queria apenas dar uma continuação para aquela historinha comum e, de repente, encontrei-me criando um enredo que mais tarde se tornaria a série Manfelos. Fui uma criança muito mergulhada em games e Harry Potter. Acredito que esta união entre mundos imaginários e a escrita de J.K. Rowling tenha me levado a querer dar corpo ao meu próprio universo de fantasia. A princípio, eu desejava escrever livros para me inserir cada vez mais na área artística, pois fazia teatro e adorava contar e ler histórias. Então, a partir de 2010, não parei mais de trabalhar como escritor, dando vida às ideias que fizeram surgir os 4 volumes da saga Septem Signum.

2.Na obra é abordado a batalha Céu X Inferno. Há confrontos religiosos no livro com base bíblica?
Resposta: Por mais que a série traga o tema “Apocalipse”, com foco nas batalhas entre céu e inferno, não há nada bíblico nos livros. Nada mesmo. Criei meu próprio fim do mundo, pois minha intenção era levar ao leitor um mundo de fantasia com o qual pudesse se divertir sem a intervenção da religião.

3.De acordo com a sinopse você não se fixa a um só tema, podemos esperar um pouco de distopia nesta estória?
Resposta: Sim. Durante os 4 volumes Manfelos os personagens estarão sujeitos a uma vida de perigos, privação, opressão e terror.  É claro que é só uma história para jovens e adultos. E com relação ao tema, cada livro possui seu próprio universo. O primeiro, por exemplo, traz à tona um mundo de fantasia com castelos, florestas e reis. Já o segundo, por sua vez, leva o leitor até o Egito, dando a ele muitos conhecimentos egípcios. O terceiro, por fim, abre as portas do medievalismo, dando início, de fato, ao apocalipse. Esta série é bastante eclética e rica quando se trata de desenvolver temas.

4.Seu personagem principal é Fred Gordon de 18 anos. Por que escolheu um personagem masculino e com esta idade? Tem alguns traços de sua personalidade nele?
Resposta: Porque, ao dar início ao livro 1, queria basear um pouco do protagonista em minhas próprias experiências. Como na época eu tinha 18 anos, Fred também ganhou a mesma idade. No entanto, a partir do livro 2, ele segue a história com 25 anos até que ela se encerre. Sim, há alguns traços de minha personalidade em Fred.

5.Foi difícil a criação dos personagens? Qual te deu mais trabalho?
Resposta: Durante a criação de uma saga os personagens evoluem. Por causa disso, estão sempre em fase de desenvolvimento. Embora eu já possua a história de vida – passado, presente e futuro – de cada um, acaba havendo mudanças no meio do caminho. Acredito que todos os personagens têm suas complicações para serem criados, mesmo sendo protagonista ou apenas obtendo um “papel” menor. Todos eles me deram trabalho, quase nenhum se sobressaiu.

6.Como é a relação de Fred com seu pai? Família é um tema difícil abordagem em um livro?
Resposta: Família é uma instituição muito forte na série. A princípio, o volume 1 não traz muitas abordagens em cima disso, pois meu objetivo era começar a história sem muitas ramificações. Mas, ao longo dos volumes 2 e 3, todos os personagens compartilham suas experiências em relação as suas famílias. Gostei bastante do que cada um tem a dizer, pois são muito diferentes entre si. No final da série, os leitores certamente se identificarão com algum dos personagens, pois eles têm muito a dizer! E quanto a relação entre Fred e seu pai, é ótima. Fred o idolatra, mesmo depois de muitos anos após a morte de Matheus. O rapaz teve sorte, pois foi criado por pais excelentes.

7.A capa do livro tem um toque bem sombrio, elegante(eu amei, ficou linda). Como foi a escolha desta capa para seu livro?
Resposta: A arte de capa foi criada pelo designer André Siqueira, meu capista. Nosso trabalho foi reunir ideias, discutir cores e elementos que pudessem trazer a essência do livro. A ideia de uma floresta noturna com um personagem de rosto oculto foi minha, enquanto que os pássaros, a cidade e a roupa vieram das sugestões de André. Manfelos é uma metrópole fantasma e grande parte do livro também se passa entre as árvores de um bosque, portanto, achei que fizemos um ótimo trabalho.

8.Como foi publicar seu livro com a Editora Dracaena?
Resposta: Foi surpreendente! Enviei o original de Manfelos e no mesmo dia obtive retorno. O editor-chefe Léo Kades telefonou para me dizer que havia gostado muito do que tinha visto, ao passar os olhos pelas páginas do manuscrito. Pediu um prazo de 7 dias para avaliar todo o material e uma semana depois estávamos nós assinando o contrato de publicação. Amo trabalhar com a Dracaena. São gentis, eficientes, apaixonados pelo o que fazem e, acima de tudo, são excelentes profissionais. Outro fator que colabora para o meu orgulho em fazer parte do catálogo é que os autores de lá são extremamente unidos e afáveis. Fiz grandes amizades até agora e minha lista só aumenta. Meu coração mora lá!

9.Que autores tiveram influência na sua escrita? E por quê?
Resposta: J.K. Rowling, autora da série Harry Potter, e Jostein Gaarder, autor de várias publicações dentre as quais duas são minhas paixões: “O mundo de Sofia” e “O dia do curinga” que abordam temas filosóficos. A escrita destas duas personalidades literárias me influenciou muito e, é claro, continuam influenciando.

10.Aos leitores do blog, Rafael deixa seu recado:
Resposta: Primeiro, gostaria de agradecer ao Palavras Prolíferas pela oportunidade. É sempre um prazer contribuir com entrevistas. Obrigado! Aos leitores, quero deixar uma dica para os que são novos autores e criar um adendo. A valiosíssima dica que eu deixo é: “Caros autores(as), não tenham pressa para publicar. É muito importante ser aceito numa boa editora, que distribua bem o seu trabalho e te valorize enquanto profissional. Sabemos que a emoção da publicação é grande e ficamos loucos para que tudo aconteça logo, mas cuidado! A paciência e a pesquisa são suas melhores armas. Use-as!”. Adendo: de um tempo para cá, notei que os leitores brasileiros estão dando oportunidades para as obras nacionais. Então, pessoal, parabéns e continuem! Vamos observar o catálogo de autores que temos por aqui e ajudar a levar seus títulos para o mérito de Best-seller. E se você gosta de escrever, não deixe que o medo e a falácia dos outros o detenha. Grande abraço!


Obra: Manfelos - A Distorção da Realidade
Sinopse - Manfelos - A distorção da realidade - Rafael de SouzaEsta obra visa dar início às aventuras traumáticas de um garoto chamado Fred Gordon, nativo do Canadá. A Saga Septem Signum, do latim “Sete Selos” ou “Sinal dos Sete”, retrata uma incrível jornada contra a vinda do famoso, e agora moderno, apocalipse. O livro se remete ao preâmbulo da caminhada de Fred, junto dos guerreiros Spellver e Sr. Johnson, e das inesquecíveis gêmeas donzelas Blunnie e Judy. A história, na sua fase inicial, tem por objetivo levar o leitor a um mundo mágico, repleto de seres poderosos e até então adormecidos apenas na fantasia de um mero mortal. Aqui entrará em contato com batalhas sangrentas, a ilustre presença de um demônio encolerizado e seu exército altivo e intimidante. A primeira fase de Manfelos também conta, e mostra, a terrível babel em que cada uma das vidas acaba sendo acometida. Os planos mais sombrios ficarão ocultos para outro momento da trama, dando espaço às maiores emoções da série. Esmallerz, o antagonista, recebe a missão de escapar do inferno e chegar ao mundo dos humanos, procurando acabar com qualquer um que interfira em seus planos. No entanto, o revés que dará obstáculos a isso estará confinado no interior de uma sala encantada, possuindo o desfecho da tão corrida busca por respostas. Fred está fadado a explorar seu passado e descobrir como tudo começou, arrumando forças para deter seu pior inimigo. Será alvo do simplório amor adolescente, deixando Blunnie o levar para além do que jamais experimentou. Sofrerá perdas e ganhará experiência para a continuidade assombrosa da saga.
Fonte: Skoob


Quer adquirir, acesse o site da Editora Dracaena AQUI

3 comentários:

  1. Admiro muito o trabalho deste autor, quero muito ter
    a oportunidade de ler sua obra..
    Adorei a entrevista ^^

    bjs
    http://www.dailyofbooks.blogspot.com.br/

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  2. Muito obrigado pela entrevista, Palavras Prolíferas. É sempre uma honra. Divulgarei!

    Grande beijo,
    Rafael de Souza

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