Sinopse:
Com sua língua afiada e seu temperamento rebelde, Sage Fowler está longe de ser considerada uma dama — e não dá a mínima para isso. Depois de ser julgada inapta para o casamento, Sage acaba se tornando aprendiz de casamenteira e logo recebe uma tarefa importante: acompanhar a comitiva de jovens damas da nobreza a caminho do Concordium, um evento na capital do reino, onde uniões entre grandes famílias são firmadas. Para formar bons pares, Sage anota em um livro tudo o que consegue descobrir sobre as garotas e seus pretendentes — inclusive os oficiais de alta patente encarregados de proteger o grupo durante essa longa jornada. Conforme a escolta militar percebe uma conspiração se formando, Sage é recrutada por um belo soldado para conseguir informações. Quanto mais descobre em sua espionagem, mais ela se envolve numa teia de disfarces, intrigas e identidades secretas. E, com o destino do reino em jogo, a última coisa que esperava era viver um romance de tirar o fôlego. Fonte: Skoob
Neste
romance da autora ela nos apresenta uma narrativa acessível, porém
cheia de tramas e pistas para que o leitor vá seguindo-as e
desvendando aos poucos. Mesmo sendo um gênero em que já estou
acostumada e ser previsível, a autora surpreende com personagens e
estória em pouco diferente da previsibilidade deste gênero.
Ao
ler fique atento a cada detalhe e estranheza que a autora insere,
pois irá ser importante ao avançar na leitura, o que deixa o livro
muito mais instigante.
Com
personagens bem construídos e cativantes, a autora cria
protagonistas que conquistam o leitor a cada capítulo.
A
começar por Sage Fowler, a heróina da estória que está longe de
ser uma moça que segue os padrões da sociedade da época, de como
uma mulher deve se comportar. Seus pais também não seguiam tais
padrões, se casando por amor e educando a filha nos mais diversos
assuntos: caça, ciências e principalmente leitura. Sage é a
personagem mais inteligente desse livro, embora seus comportamentos
criem inimigos, ela é elogiada por outros que dão seu devido valor.
Sendo uma moça de vanguarda, ela não quer casar, alegando que
nenhum pretendente a aguentaria, ou não estaria a sua altura? A
maioria dos homens, principalmente daquela época, tem receio em se
relacionar com mulheres inteligentes. E você pode falar “Ah! Mas
naquele tempo não existia mulheres assim, porém Sage não é de
toda selvagem e indomável, ela muitas vezes cede e se comporta como
“deveria”, porque ela tem consciência de sua condição feminina
do século 19, mas isso não a impede de tentar mudar e fazer o
melhor, sendo útil da melhor forma possível, mesmo que vá contra o
comportamento aceitável para seu sexo.
Na
narrativa nos deparamos com homens bem machistas e retrógrados, que
condiz com a época. Apesar que podemos notar a tentativa de alguns
tentando mudar, como o tio da Sage que mesmo um homem que se importa
muito com o que as pessoas pensam dele e sua família, ele cede
muitas coisas por amor a Sage. E claro, não deixando o par
protagonista de fora, que realmente a trata com uma parceira, uma
aliada e não um objeto de adorno ou um contrato.
A
trama foi bem desenvolvida e de tirar fôlego nas cenas de ação
(dignas de Hollywood). Conduzindo muito bem seu enredo, com cenas
envolventes e muito empolgantes, relacionamentos bem construídos, a
autora me conquistou com este livro. Porém o livro deixa a desejar
um pouco no final, deveria ter trabalhado melhor no seu desfecho,
acrescentado um epílogo. Afinal temos intrigas da coroa, guerra,
batalhas e um casal de protagonistas que dão o que falar.
No
entanto, indico fortemente a leitura, livro que vale muito a pena por
seus personagens e trama bem construídos.
Quote:
“ -
Por que nunca se casou, Darnessa?
-
Pelo mesmo motivo que você – Darnessa respondeu com uma piscadinha
marota. - Meus padrões são elevados demais.” Pág.: 62
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