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quinta-feira, 16 de novembro de 2017

Resenha: A Rosa da Meia-Noite, Lucinda Riley


Sinopse: Atravessando quatro gerações, A Rosa da Meia-Noite percorre desde os reluzentes palácios dos marajás da Índia até as imponentes mansões da Inglaterra, seguindo a trajetória extraordinária de Anahita Chavan, de 1911 até os dias de hoje.

Uma paixão para a vida toda. Uma procura sem fim.

No apogeu do Império Britânico, a pequena Anahita, de 11 anos, de origem nobre e família humilde, aproxima-se da geniosa Princesa Indira, com quem estabelece um laço de afeto que nunca mais se romperia. Anahita acompanha sua amiga em uma viagem à Inglaterra pouco tempo antes da eclosão da Primeira Guerra Mundial. Ela conhece, então, o jovem Donald Astbury, herdeiro de uma deslumbrante propriedade, e sua ardilosa mãe.
Oitenta anos depois, Rebecca Bradley é uma jovem atriz norte-americana que tem o mundo a seus pés. Quando a turbulenta relação com seu namorado, igualmente rico e famoso, toma um rumo inesperado, ela fica feliz por saber que o seu próximo papel uma aristocrata dos anos 1920 irá levá-la para muito longe dos holofotes: a isolada região de Dartmoor, na Inglaterra. As filmagens começam rapidamente, e a locação é a agora decadente Astbury Hall.
Descendente de Anahita, Ari Malik chega ao País sem aviso prévio, a fim de mergulhar na história do passado de sua família. Algo que ele descobre junto com Rebecca começa a trazer à tona segredos obscuros que assombram a dinastia Astbury. Fonte Skoob


A autora Lucinda Riley é famosa pelos seus romances/dramas, e foi meu primeiro contato com sua escrita. De início achei um pouco entendiante, porém a medida que a estória evolui os personagens nos cativa, a estória toma outros rumos e isso deixa o livro muito instigante e a leitura fica mais prazerosa.
O livro se alterna em 1920 e nos anos 2000, tudo começa com a personagem central: Anahita, que é indiana e teve sua vida bem mudada quando foi morar na Inglaterra. Quando o livro alterna para os dias de hoje, a estória é voltada para seu neto Ari, e também nos apresenta Rebecca que é uma atriz de sucesso, mas esta meio perdida emocionalmente. Devido a um acontecimento, Ari se ver aprofundado na estória de vida de sua avó, ele embarca para a Inglaterra para descobrir sobre sua família e no caminho ele encontra Rebecca que resolve ajudá-lo.

Quando o livro é narrado pela Anahita, a autora expõe as dificuldades de uma mulher indiana que sofre muito preconceito, por sua cor, crença e falta de dinheiro. E seu terrível martírio é confirmado quando ela se apaixona por um aristocrata inglês. O romance dos dois é lindo e tem alguns desencontros trazendo sofrimento para ambas as partes. Com uma mãe muito preconceituosa e má, o jovem se ver pressionado a terminar seu relacionamento com a nossa heroína.
Anahita é a melhor personagem, que embora tanta tristeza e dificuldades que aparecem em sua vida, ela sempre volta a ter um pouco de esperança nas pessoas. O mais importante está no cerne desta protagonista que é a sua bondade para com o próximo, não importando quem seja. Dona de um espírito lindo, doador e livre, Anahita tenta lidar com o preconceito da melhor maneira possível.
Rosa Dama da noite
Com uma narrativa impecável, a autora nos convida a viajar no tempo nos mostrando uma Índia e Inglaterra antigas. Ao que parece a autora estudou sobre cultura e religião da Índia na década de 20, o que enriqueceu mais sua estória e deu credibilidade para seus personagens indianos. É nítido o conhecimento da mesma em algumas passagens em que a autora descreve da Índia sob o domínio britânico. O desenrolar desta estória cativa o leitor pela sensibilidade na escrita e a emocionante narrativa de seus personagens, uma leitura recheada de emoções. O crescimento dos personagens são bem conduzidos, com alguns desfecho nada previsíveis. Com um ritmo frenético do meio para o final, descobrimos vários mistérios que torna toda a trama mais interessante e que conseguimos assimilar melhor as motivações dos personagens. Houve um capítulo que quase perdi o fôlego durante a leitura. No livro também encontramos misticismo e crenças Hindu, própria de sua época e seguidor. A sinopse e resenhas deste livro só consegue atingi a superfície das emoções, tramas e subtramas que estão na estória deste livro.

Ao ler este livro prepare-se para fortes emoções, Lucinda Riley sabe conduzir como ninguém este romance que apesar do drama, pude chorar com o amor e esperança desta estória.

Quote:
Aquele momento, sem o véu da nobreza indiana sobre meus ombros, foi a primeira vez em que provei o preconceito racial na Grã-Bretanha, o país que nos regia há mais de cento e cinquenta anos. Infelizmente, não seria o único.” Pág.: 199

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