Jen achava
que tinha chegado ao fundo do posso, mas as coisas só fazem piorar e situações
desesperadas requerem medidas extremas.
O livro não
trata de suicídio, ou faz qualquer apologia. Na verdade a renúncia da vida,
aqui é tratada em forma de mudança, a coragem e força para começar tudo de novo
ou seguir em frente, esse foi o real sentido que podemos encontrar nesta
leitura.
Os capítulos
são alternados pelo ponto de vista dos protagonistas: Jen e Shane. De início
conhecemos sobre a mocinha, que nos relata suas dificuldade e tristeza que esta
sua vida. Aos poucos a autora nos revela os motivos, que neste caso ser sua
família, mãe controladora, pai autoritário e uma irmã sem noção que te faz
odiá-la logo nas primeiras páginas.
Em paralelo
nos é apresentado Shane, o mocinho da estória, um homem muito complicado e de
difícil socialização. Ele é uma pessoa muito reclusa, que desde de cedo teve
que aprender a viver e se virar sozinho, com um histórico familiar bem trágico,
Shane tenta viver da melhor maneira possível. Depois de uma situação bem
conturbada que acaba passando logo após voltar da guerra (anos 2000, guerras no
oriente, ele é soldado e esta com licença de alguns dias), ele também acha que
chegou ao fundo do poço e é neste momento que conhece Jen.
A narrativa
da autora é bem fluida e te faz ler rápido, o livro traz personagens bem
interessantes e com uma estória bem típica de um new adult, com seus dramas,
bem pesados, e um casal de protagonistas que te faz apaixonar e torcer para que
fiquem juntos.
A autora
conduz bem o romance, a estória, até a metade do livro, você espera por um
clímax que não é lá estas coisas, sem surpresas ou empolgação, e de repente a
autora começa a correr para um final que poderia ter sido melhor resolvido.
O livro não
é ruim, mas poderia ser melhor, questões como o de Shane e sua família foi
resolvida num passe de mágica, quando a autora poderia ter explorado mais a
reconciliação com um parente dele.
Há pontos
fortes, como o amadurecimento da irmã da Jen, que teve seu valor, embora também
seria outro ponto em que a autora poderia ter explorado mais com seus pais. A
protagonista teve sua trajetória bem desenvolvida, gostei quando ela deixou pra
lá o status de coitadinha e resolveu tomar as rédeas de sua vida, saber o que
quer e realmente e atrás, sem se prender a firulas.
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