Eloise
estava há bastante tempo sozinha, então percebeu que estava ficando mais velha
e ainda sem se casar, mas será tão fácil um casamento por conveniência e
comodidade?
Os
Bridgerton, uma família bem a frente do século que viviam, tem suas
peculiaridades e neste volume se trata de Eloise, uma jovem simpática, inteligente,
mas encontra muitas dificuldades para consegui um marido à sua altura, ou pelo
menos que a merecesse. Ela ama se comunicar através de cartas e quando sua
prima distante falece, ela começa a trocar cartas com o viúvo dela. Sir Philip
se mostra muito atencioso e a correspondência entre eles flui por um bom tempo.
Cansado da solidão e com dois filhos órfãos para cuidar, Phillip resolve propor
casamento a Eloise e a convida para passar um tempo no campo, onde mora, para
se conhecerem melhor e o relacionamento poder dar certo. E é aí que tudo se
complica, a difícil convivência entre esses dois personagens bem teimosos e
únicos.
A escrita da
Julia Quinn amadureceu bastante desde que escreveu o primeiro livro “O Duque e
Eu”, percebi isso durante a leitura deste quinto livro. Não que antes fosse
ruim, mas deu uma melhorada considerável. A autora se preocupa em mostrar os
costumes da época e de uma maneira bem divertida você avança na leitura,
devorando o livro muito rápido. Julia Quinn desenvolveu muito bem essa estória,
tendo um “timming” perfeito para os acontecimentos, trabalhando muito bem com
cada situação do enredo.
Os
personagens têm suas características bem definidas que não se perdem durante a
estória, cada um amadurece, mas não deixando de ser quem era, sendo melhor
ainda do que foi antes. Sir Phillip é um homem com seus 30 anos, que passou por
momentos muito difíceis. A morte de sua esposa, seu irmão e seu pai, cada um
tem um impacto diferente no protagonista que o tornaram dessa forma, um pouco
arredio, porém prático. Sir Phillip quer que tudo se resolva muito rápido, mas
não contava com algumas complexidades de Eloise. Um homem que por várias
tragédias está cansado e muito solitário, por conta disto negligência e muito
seus filhos, num desespero que o torna muito perdido e ele tem certeza de poder
se encontrar e ser feliz finalmente com uma esposa.
Eloise é uma
personagem muito inteligente e independente demais para sua época. Vejo nessa
protagonista traços de independências de algumas mulheres que culminaram para
hoje em dia, na nossa sociedade, termos muitas liberdades.
Os dois de
início acharam que fizeram um grande erro em se conhecer pessoalmente, que
conviver todos os dias sobre o mesmo teto é mais complicado do que se pensava,
ainda por cima quando Phillip tem duas crianças que constantemente imploram sua
atenção. O romance entre eles é construído aos poucos, embora com as cartas
Eloise que tivera a certeza de que estava apaixonada, quando a realidade lhe
atingiu ela se sentiu bem diferente durantes várias discussões que tivera com
este homem que agora era um completo estranho, bem distante daquele homem
encantador e gentil que escrevera para ela. Durante o dia a dia, a tensão vai
aumentando e claro o desejo entre eles também, quando ele beija Eloise tudo faz
sentido novamente em seu mundo e ele deseja nunca mais parar, e ela se perde
nas sensações que nunca provara antes.
Um romance que
arranca suspiros, mas que te faz pensar muito como é difícil a arte de
conviver, principalmente entre duas pessoas tão distintas, mas tão iguais que
se esforçam para que tudo dê certo.
Quote:
“Eloise
sussurrou seu nome uma última vez, oferecendo-lhe compaixão e compreensão e uma
promessa de ajuda, tudo em uma única palavra. Esperava que ele ouvisse,
esperava que entendesse.” Pág.: 126
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