Resenha: Simplesmente Ana

                                                        

Marina Carvalho 

Editora Novo Conceito

304 páginas

Ana é uma jovem comum, mineira, estuda Direito e seu namoro é sem futuro. Ela viveu toda sua vida sem uma presença paterna, quando inesperadamente descobre que Andrej Markov é seu pai. E ele é o rei da Krósvia. E quer que ela tome o seu lugar de única herdeira do trono krosviano.

Então, ela larga família, amigos e estudos e vai passar uma temporada em um país distante que não conhecia. Mas Ana não contava que o seu pai tivesse um lindo e arrogante enteado. E ficaria tão encantada por ele.

Simplesmente Ana é o mais novo conto de fadas moderno e inaugura o selo Novas Páginas da Novo Conceito. E quando fala em contos de fadas, já imagina uma trama cheia de clichês. O livro não foge muito disso. Eu não tenho problemas com histórias clichês. E com a capa belíssima e tudo mais, o livro não poderia ser melhor, pensei. Por isso fui com expectativas de mais, deixei levar pela capa bonita e tinha uma visão bem diferente do livro. E fiquei decepcionada com o que encontrei.

Estava ciente o quanto ele seria previsível e clichê. Eu não me importo com histórias clichês desde que os personagens consigam fazer a diferença na história, ou algum outro elemento se destaque.  E isso não aconteceu.

Nenhum dos personagens me cativou. Como o livro é em primeira pessoa, tem um apelo por parte da protagonista. Ela é superficial e incoerente em alguns momentos. O tempo todo tentava convencer o leitor (e a si mesma) o quanto ela era madura, confiante e etc. Porém suas atitudes não condiziam com nada nisso. O que me irritou bastante. E em minha opinião ficaria melhor se Ana fosse mais jovem, (ela tem 20 anos) já que se comportava como uma garota de 13 anos. Mas pelo menos mudou um pouco nas últimas páginas.

Achei Alex, o tal “príncipe”, tão sem graça quanto Ana. E logo, não senti muita química na relação deles. Confesso que até torci pela megera da história. Senti falta de uma profundidade na relação de Andrej e Ana (pai e filha) já que tiveram poucas interações durante a história. E terminou sem.

O livro tem dois cenários: Krósvia e Brasil. Infelizmente, não consegui imaginar o país fictício que a autora criou e por isso as partes narradas no Brasil foram as que mais me agradaram. Pena que foram poucas.

A narrativa é leve, direta e bem humorada, dá pra ler bem rapidinho. É um bom livro se você só quer passar o tempo e gosta do tema “conto de fadas moderno”. Pra terminar, reforço, eu sinceramente não gostei do livro e não funcionou comigo. Mas fique à vontade para tirar suas próprias conclusões, vi opiniões diferentes da minha e isso vai de cada pessoa.